Aluno da StartSe University vende startup para a XP

#333333;”>Em outubro de 2017, o economista Renan Georges e seu sócio Felipe Bonani
#333333;”>foram com a StartSe ao Vale do Silício, berço das maiores startups do mundo,
#333333;”>para ver de perto como as fintechs e outras empresas usam a tecnologia para
#333333;”>escalar seus negócios. Na época, os dois, junto com Walter Poladian, já
#333333;”>desenhavam as estratégias para o Fliper, fintech fundada pelo trio naquele
#333333;”>mesmo ano, decolar.
#333333;”>“Os conhecimentos que captamos no Vale com a StartSe atualizaram a nossa
#333333;”>visão dos conceitos que já tínhamos de Lean Startup, escrito por Eric Ries, que
#333333;”>mostra como criar algo novo sob condições incertas. Dois ensinamentos que
#333333;”>para mim foram fundamentais nesta experiência com a StartSe University
#333333;”>foram: apaixone-se pelo problema e não pela solução, e a ideia de criar um
#333333;”>protótipo de suas ideias, rapidamente testá-las, e a partir dos feedback dos
#333333;”>clientes, ir melhorando o produto”, diz Renan.
#333333;”>De volta ao Brasil, os sócios começaram um período intenso de testes da
#333333;”>tecnologia de conectividade utilizada pelo Fliper, que permite integrar as
#333333;”>informações financeiras dos usuários e parametrizá-las, para que o cliente
#333333;”>possa rapidamente comparar o desempenho da sua carteira com índices de
#333333;”>mercado.
#333333;”>Em pouco tempo, o Fliper cresceu e hoje mapeia mais de 7 bilhões de reais em
#333333;”>investimentos em sua plataforma, que possui 80 mil usuários ativos. Esses
#333333;”>números chamaram a atenção de executivos da XP. Há um ano, os sócios da
#333333;”>Fliper começaram a conversar com a XP sobre a possibilidade de as empresas
#333333;”>se unirem. O resultado dessas conversas foi anunciado na segunda-feira
#333333;”>(08/06) pela XP, que comprou uma participação majoritária na fintech.
#333333;”>Um novo modelo
#333333;”>Para Renan, fazer parte da XP cria oportunidades de acelerar ainda mais o
#333333;”>crescimento da startup. “Temos diversas sinergias que possibilitará acelerar o
#333333;”>nosso crescimento nos próximos anos. Fizemos questão de garantir em
#333333;”>contrato a independência da gestão para que os nossos usuários tenham a
#333333;”>certeza de que seguimos trabalhando da mesma forma”, diz.
#333333;”>O valor da aquisição não foi revelado. Renan, no entanto, afirma que um ponto
#333333;”>importante para o desfecho da negociação foi que a XP deu garantia de
#333333;”>independência aos sócios, que permanecem com uma participação na
#333333;”>empresa e total independência na gestão do negócio.
#333333;”>Para a XP, a aquisição do Fliper faz parte da estratégia de crescimento da
#333333;”>companhia e tem o objetivo de acelerar o movimento do open banking no
#333333;”>Brasil, ao mesmo tempo que visa oferecer aos clientes um diferencial para
#333333;”>administrarem seus investimentos.
#333333;”>Hoje, os bancos trabalham com um modelo em que possuem o total controle
#333333;”>dos dados, desenvolvendo internamente aplicativos e soluções para gerenciálos. Já no Open Banking, eles passam a fazer parte de um novo modelo de
#333333;”>negócio, onde disponibilizam APIs (Application Programming Interface, ou
#333333;”>Interface de Programação de Aplicações) para que outras empresas possam
#333333;”>criar serviços integrados à instituição.
#333333;”>Antecipando o Open Banking
#333333;”>Com essas interfaces, o usuário pode ter uma experiência conectada,
#333333;”>automaticamente, a diversos sistemas e soluções. Por exemplo: ao usar um
#333333;”>aplicativo de gestão de investimentos ou controle de gastos, o cliente pode
#333333;”>integrar e gerenciar as informações do sistema de seu banco – concentrando
#333333;”>tudo em um só lugar.
#333333;”>“O que o Fliper está fazendo é antecipar o Open Banking para que os usuários
#333333;”>tomem decisões de investimentos mais inteligentes. Reunimos, em um mesmo
#333333;”>lugar, informações bancárias e de corretoras para que o cliente possa acessar
#333333;”>e comparar produtos, serviços, taxas, tarifas e muito mais”, diz Renan.
#333333;”>“Com a XP, unimos um shopping de investimentos, que oferece produtos
#333333;”>customizados para clientes distintos, e o Fliper, que processa e compara
#333333;”>informações do mercado para que o cliente tenha maior transparência nas suas
#333333;”>escolhas”, afirma o empreendedor.
#333333;”>A projeção dos sócios é de que nos próximos três anos a fintech atinja a marca
#333333;”>de 5 milhões de usuários ativos. “Estamos construindo nosso produto com o
#333333;”>cliente e não apenas para ele”, diz Renan, dizendo repetir uma frase que ouvia
#333333;”>muito na sua imersão no Vale com a StartSe.