Prefeitos da região cobram serenidade dos governos estadual e federal
#333333;”>Reunião ocorreu após Jair Bolsonaro criticar o confinamento e defender a reabertura de comércios e escolas
#333333;”>Os prefeitos da Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) se reuniram na manhã desta quarta-feira (25) para fazer um balanço sobre o enfrentamento à Covid-19, transmissor do novo coronavírus, e sobre a adoção de medidas preventivas nos respectivos municípios. Reunidos em Ipatinga, os prefeitos Douglas Willkys (Timóteo), Marcos Vinícius (Coronel Fabriciano), o anfitrião Nardyello Rocha e o secretário de Governo Everaldo Ciriaco da Silva, representando a prefeita Luzia de Melo (Santana do Paraíso) redigiram uma carta que expressa o sentimento vivenciado durante a pandemia.
#333333;”>Na noite de terça-feira (24), o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, fez um pronunciamento criticando o confinamento e defendendo a reabertura de comércios e escolas, o que contraria as orientações dos órgãos de saúde e do próprio Ministério. Primeiramente os prefeitos exigem que os municípios da RMVA sejam tratados de acordo com a importância econômica que representam no cenário estadual e federal, dando celeridade e maior agilidade às demandas apresentadas para o enfrentamento à Covid-19.
#333333;”> É unânime o entendimento quanto à necessidade do isolamento social, da manutenção do comércio parcialmente fechado e a suspensão das aulas a bem do interesse público e como fundamentais para o sucesso do propósito de evitar a proliferação do vírus, conforme orientação da OMS. Independentemente de concordar ou não com o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, os prefeitos aguardam a publicação de um decreto federal deliberando sobre a revogação de decreto presidencial, formalizando as medidas defendidas pelo presidente, para então deliberarem, conjuntamente com seus respectivos comitês gestores de crise, as medidas a serem seguidas.
#333333;”>Conforme nota oficial dos municípios, os prefeitos reivindicam que a União revogue o decreto de calamidade pública federal e termine o fim do isolamento social, bem como a volta às aulas e a reabertura do comércio; a garantia de retaguarda aos municípios na estrutura de tratamento dos casos graves de pacientes infectados, bem como a ampliação de leitos de UTI e equipamentos para o tratamento digno e eficaz aos agravados. Além disso, pedem que a Anvisa e a Polícia Federal notifiquem os municípios e cidadãos advindos de outros países sobre a necessidade da observação da quarentena.
#333333;”>Os prefeitos enfatizam que estão alinhados com as orientações e determinações do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e vêm seguindo todos os protocolos determinados pelo Ministério da Saúde em prevenção à proliferação e combate à contaminação da Covid-19.
#333333;”> Posicionamentos O prefeito de Ipatinga, Nardyello Rocha, disse não ter nenhum número que o leve a mudar o decreto. Pelo contrário, a curva ascendente segue em todo o Brasil. Em Minas Gerais, nas últimas 24 horas, houve 50% de crescimento de casos suspeitos e o número de mortes sobe a cada minuto. “Mais do que isso, Ipatinga cresceu nas últimas 24 horas 18% em número de casos suspeitos.
#333333;”> Esse índice vem diminuindo e estamos bem abaixo da média do estado. Mas não tenho nenhum número favorável para substituir, cancelar ou flexibilizar esse decreto. Não temos duas sociedades, uma isolada da outra.
Elas se encontram, se comunicam e Ipatinga vai ter reponsabilidade nesse momento. Vamos continuar fiscalizando e trabalhando para que nós abaixemos nossos números.
#333333;”> A partir do momento que isso ocorrer, vamos junto ao nosso comitê gestor de crise, definir ações de flexibilização gradativamente. Essa é a posição de Ipatinga, tenho convicção que a economia é fundamental, mas o momento é de isolamento social e é isso que peço a todos vocês”, reforçou o prefeito nas mídias sociais. “Se garantirem a ampliação de leitos de UTI suficientes para nossos munícipes, concordo com o fim do isolamento social, caso contrário não serei irresponsável de pagar pra ver”, ponderou o prefeito Douglas Willkys, acrescentando que o momento exige serenidade.
A administração de Santana do Paraíso informou que irá manter as medidas que estão em andamento. “Não haverá nenhuma adoção de medida como efeito do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro”.
Por sua vez, em transmissão ao vivo no Facebook da Prefeitura de Coronel Fabriciano, o prefeito Marcus Vinícius lembrou que o trabalho tem sido árduo e sem recursos suficientes, mas visando à saúde do cidadão. “Agimos de forma correta e como gestores para não deixar faltar. Venho seguindo à risca o que a única pessoa sensata vem falando, que é o nosso ministro Mandetta.
#333333;”> Temos mantido o trabalho e nos preocupado com essa situação ao longo dos últimos dias, fazendo essas transmissões e falando com o cidadão.
Temos um caso apenas confirmado, isso pela ineficiência do governo, que não consegue dar resultado. Nos outros países a entrega é feita com 15 minutos. Essa infecção para 85% da população brasileira não passa de uma gripe comum, mas nosso problema está nos 15%.
No município temos 15 mil idosos”, exemplificou. Procurada, a administração de Belo Oriente informou que continuará seguindo as atuais determinações da Secretaria Estadual de Saúde, bem como os protocolos da Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate ao novo coronavírus (Covid-19), orientando a quarentena e o isolamento social para a prevenção ao contágio do vírus. Reivindicação No plano estadual, os prefeitos da RMVA reivindicam que o Governo do Estado reconheça a importância da região que conta com mais de 500 mil habitantes, priorizando as ações de enfrentamento, agilizando o resultado dos exames encaminhados à Funed, a disponibilização de pelos menos mais 133 leitos de UTI, o fornecimento de pelo menos 200 mil kits de testes rápidos e de equipamentos de proteção individual em quantidade suficiente para atender aos profissionais de saúde.