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A LOIRA DE IPATINGA

 

Conta-se que, por volta do início do povoamento da cidade, num lugar qualquer do caminho que ligava o atual bairro Cariru ao Hospital Márcio Cunha, acontecia um fato bastante curioso e inexplicável. De acordo com as primeiras narrativas, à noite, ao nascer a lua, uma “Mulher-loira” surgia ao lado de uma árvore de ipê–roxo, pedindo carona ao primeiro operário-ciclista que por ali passava. Ela tinha um rosto muito bonito, cujos longos cabelos caíam até a metade do corpo magro e esbelto. Sua voz era suave, indecifrável e usava gestos para indicar o seu único desejo. Sua roupa, quase transparente, possuía a cor natural dos seus cabelos. Suas mãos, longas e macias, eram de uma frieza incomum. Seus olhos transmitiam um azul-brilhante,  pareciam duas estrelas brilhando. Diziam os operários–ciclistas que o tal lugar, onde a mulher–loira costumava aparecer, não era muito deserto, nem tão pouco mal assombrado, mas não possuía boa luz do luar. Porém, nada impedia os ciclistas de vê-la na sombra da noite. Assim, no tal lugar, todo ciclista se sentia na obrigação de parar ao ver com enorme admiração o vulto, quase irreal, daquela formosa “Mulher – loira”. Dizia-se ainda, que ao surgir, ela ia logo pedindo carona. E o mais curioso é que nenhum ciclista recusava oferecer-lhe carona, devido a sua incomparável beleza. Todavia, ela sempre desaparecia da garupa da bicicleta misteriosamente ao passar por outra árvore de ipê-roxo, que ficava a poucos metros da primeira árvore. Na época, houve grande alvoroço entre os primeiros operários-ciclistas que transitavam por aqueles lados, onde, outrora, foi o cemitério dos primeiros habitantes do povoado de Ipatinga. No entanto, por volta da primavera, um jovem nativo do Vale do Piracicaba, sendo informado do fato, resolveu sair numa noite, ao nascer da lua, à procura da “Loira” misteriosa. Uma coisa, porém, deixava-o muito duvidoso: qual seria a ligação existente entre a árvore de ipê-roxo e a tal Mulher-loira? Assim sendo, ciente da sua coragem e instruído por um nativo mais velho, resolveu procurá-la, até descobrir a verdade dos fatos. E assim o fez. Recebeu do velho nativo, uma faca de prata, que pertenceu a seu avô (e que lhe foi dado pelo índio Procrane – o mais corajoso do grupo dos Botocudos, que habitavam todo o Vale do Rio Doce), e seguiu em sua bicicleta pela estrada, onde a tal “Mulher-loira” aparecia com seus olhos azuis brilhantes. Ao chegar no local indicado, o jovem nativo colocou-se ao lado da árvore de ipê-roxo, após ter deixado a sua bicicleta à beira da estrada. O tempo passou. Lá pelas tantas, cansado de esperar, ele sentiu sobre seus ombros uma mão que lhe fez tremer a alma. E, num só pulo, ele sacou de sua faca de prata, lançando-a contra o corpo do vulto desconhecido. Instantes depois, ouvia-se um grito de morte. Era a “Mulher-loira”. A cena foi bastante rápida. Momentos depois, o jovem nativo a viu desaparecer sobre o solo descalço da estrada. Alarmado, o nosso herói abandonou o local, deixando sua bicicleta no mesmo lugar, e regressou ao pequeno  Distrito de Ipatinga, onde relatou o fato aos seus amigos e familiares. Conta-se que, tempos depois, no lugar onde houve o desaparecimento da “Mulher-loira”, surgiu uma árvore de ipê-amarelo. E dizem mais: que a “Mulher-loira nunca mais foi vista nesse local, nem em qualquer outra parte do povoado de Ipatinga, e que, em contra partida, todos os anos, aquelas duas árvores de ipê-roxo e ipê-amarelo, florescem juntas.

 

Via: ensfundamental1

Via: Turismo de Minas

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